O que é que a embarcação estava a fazer naquela zona e tão próximo de terra em situação de perigo muito acrescido?
Porque é que o pessoal embarcado não envergava os coletes de salvação quando seria mandatório que assim estivesse naquelas circunstâncias?
A falta de respostas e de confrontação com a verdade poderá constituir uma justificação para não prejudicar o direito das famílias aos seguros?
Não será de confrontar os profissionais do mar com a realidade, prevenindo assim a ocorrência de idênticos casos no futuro?
Do Relatório da Inspecção-Geral do MDN, com sublinhado nosso, é interessante reter o que foi escrito, em especial a suavidade da forma como foram tratadas estas questões, em nosso entender básicas para a salvaguarda de vidas humanas e quando estavam e estarão em causa as próprias vidas dos navegantes:
Reputa-se muito importante desenvolver uma cultura de salvaguarda da vida humana no mar e melhorar os procedimentos, pelos navegantes, no que respeita à emissão de pedidos de socorro.
Importa, assim, aumentar o esforço pedagógico junto das comunidades piscatórias e outros navegantes visando a sensibilização para a importância do uso correcto dos equipamentos individuais de salvamento e para a indispensabilidade de activar os instrumentos de socorro disponíveis, em tempo e com a margem de resguardo necessária a uma eficaz actuação dos meios de salvamento.
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