quarta-feira, dezembro 19, 2007

Toponímia e Cultura XXI

Será Araujo ou Araújo?

Não seria devido e mais apropriado qualificar ou identificar às actuais e futuras gerações Carvalho Araújo? Só assim se preservaria a História.

José Botelho de Carvalho Araújo

Oficial da Armada, morto em combate no mar em 1918 contra os alemães

n. 18 de Maio de 1881 - f. 14 de Outubro de 1918

José Botelho de Carvalho Araújo, nasceu a 18 de Maio de 1881, na freguesia de São Nicolau, da cidade do Porto onde seus pais, que viviam em Vila Real, se tinham deslocado em visita a familiares.

Ingressou na Escola Naval, onde assentou praça, como aspirante de Marinha, em 12 de Outubro de 1895. Foi Guarda-Marinha em 1903, 2º Tenente em 1905, 1º Tenente em 1915, e Capitão-Tenente (a título póstumo) em 1918. Teve as seguintes condecorações: Medalha de Cobre de Filantropia e caridade (socorros a náufragos), Medalha Militar de Prata, de comportamento exemplar, Medalha de Prata comemorativa das campanhas do Exército Português, tendo na respectiva passadeira a legenda " Sul de Angola 1914/1915 ".

A título póstumo foi condecorado com a Cruz de Guerra de 1ª classe, Medalha de Prata comemorativa das campanhas do Exército Português no mar 1916/17/18 e condecorado com o 2º Grau da Ordem Militar da Torre e Espada, tendo sido por diversas vezes louvado.

Carvalho Araújo faleceu no dia 14 de Outubro de 1918 a bordo, no seu posto em combate contra os alemães, na ponte do Caça-Minas “Augusto Castilho”, que nesse dia em plena 1ª Guerra Mundial escoltava o vapor São Miguel, no mar dos Açores, que navegava do Funchal para Ponta Delgada.

O heroísmo do Comandante Carvalho Araújo no pequeno navio de guerra português, que ao ser atacado pelo submarino Alemão U-139, não se furtou em o atacar para salvar o navio São Miguel com 206 pessoas a bordo e assim se aguentou durante 2 horas, dispondo apenas de duas peças de artilharia de proa que investiu contra a unidade poderosamente armada de 6 tubos lança-torpedos e de dois canhões de tiro rápido com o calibre de 150 milímetros, surpreendendo o experiente comandante do submarino, que registou o acto em termos elogiosos. O vapor São Miguel afastou-se entretanto do perigo.


Foto 06122007(002)

sábado, dezembro 15, 2007

Sinalização decorativa? (2)

Em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, era há dias esta a situação que a fotografia documenta.


Embora captada a um Domingo, a sinalização de proibição não isenta estes dias.
E assim temos uma cultura de cidadania em que nunca sabemos se esses sinais são a valer como deviam ser sempre e efectivamente para cumprir ou não.
Ou trata-se duma questão de tolerância, de passividade das autoridades, ou ainda da compreensão pela existência de lugares limitados de estacionamento não-pago? Ou haverá outros dias em que esses condutores vão ter surpresas?



Foto 09122007

terça-feira, dezembro 11, 2007

Naufrágio da "Luz do Sameiro" em 2006 (3)

O Sistema Nacional para a Busca e Salvamento Marítimo, criado em 1994, é dirigido pelo Ministro da Defesa Nacional, que para o efeito é apoiado por uma comissão consultiva a quem deve competir, nomeadamente (com sublinhado nosso):

Acompanhar a evolução e avaliar a importância das inovações surgidas,... bem como o impacte delas resultante nas operações de busca e salvamento marítimo, ....;

Examinar as informações relativas às operações de busca e salvamento, avaliar a eficácia das medidas em vigor e propor os melhoramentos necessários;

Aconselhar, com base na experiência recolhida pelos serviços... sobre a melhor utilização dos meios, equipamentos e materiais de busca e salvamento marítimo, bem como sobre a necessidade de novas aquisições;

Propor os procedimentos que considere mais apropriados relativamente à utilização de navios e aeronaves em operações de busca e salvamento marítimo;

Aconselhar sobre os aspectos normativos e administrativos dos organismos relevantes para a busca e salvamento marítimo.


Tudo isto não foi feito de 2004 até pelo menos aos princípios de 2007, em resultado de a Comissão não ter estado em funcionamento.

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Naufrágio da “Luz do Sameiro” em 2006 (2)

No naufrágio da embarcação de pesca “Luz do Sameiro” ocorrido na praia da Légua, morreram seis dos sete tripulantes a poucas dezenas de metros do areal.

O que é que a embarcação estava a fazer naquela zona e tão próximo de terra em situação de perigo muito acrescido?

Porque é que o pessoal embarcado não envergava os coletes de salvação quando seria mandatório que assim estivesse naquelas circunstâncias?

A falta de respostas e de confrontação com a verdade poderá constituir uma justificação para não prejudicar o direito das famílias aos seguros?

Não será de confrontar os profissionais do mar com a realidade, prevenindo assim a ocorrência de idênticos casos no futuro?


Do Relatório da Inspecção-Geral do MDN, com sublinhado nosso, é interessante reter o que foi escrito, em especial a suavidade da forma como foram tratadas estas questões, em nosso entender básicas para a salvaguarda de vidas humanas e quando estavam e estarão em causa as próprias vidas dos navegantes:

Reputa-se muito importante desenvolver uma cultura de salvaguarda da vida humana no mar e melhorar os procedimentos, pelos navegantes, no que respeita à emissão de pedidos de socorro.

Importa, assim, aumentar o esforço pedagógico junto das comunidades piscatórias e outros navegantes visando a sensibilização para a importância do uso correcto dos equipamentos individuais de salvamento e para a indispensabilidade de activar os instrumentos de socorro disponíveis, em tempo e com a margem de resguardo necessária a uma eficaz actuação dos meios de salvamento.


sábado, dezembro 01, 2007

Naufrágio da “Luz do Sameiro” em 2006 (1)

No naufrágio da embarcação de pesca “Luz do Sameiro” ocorrido há cerca de doze meses (29 de Dezembro de 2006), a poucas dezenas de metros da praia da Légua, morreram seis dos sete tripulantes.

O Ministro da Defesa Nacional mandou proceder a uma auditoria, feita pela Inspecção-Geral do Ministério da Defesa Nacional (MDN), divulgada sob o título:

CONCLUSÕES DO RELATÓRIO DA AUDITORIA AOS PROCEDIMENTOS DE BUSCA E SALVAMENTO EM VIGOR NA MARINHA E NA FORÇA AÉREA

que está disponível em:

http://www.governo.gov.pt/NR/rdonlyres/D9044ACE-6A88-4043-B830-3F99A3194433/0/Conclusoes_Procedimentos_SeR_Marinha_FAerea.pdf

http://www.portugal.gov.pt/Portal/Print.aspx?guid=%7B48512C78-5C8C-4174-9CC5-7CCDEDB8364A%7D

Já nos tinha causado estranheza que a Comissão Consultiva para o Sistema da Busca e Salvamento Marítimo não se tivesse pronunciado e mesmo substituído à Inspecção-Geral. Nas competências da comissão consultiva, criada no princípio de 1994 como órgão de apoio ao Ministro, prevê-se aquela função, como analisaremos noutra altura.

Mas o Relatório, ou as suas Conclusões, permitem-nos conhecer este aspecto da realidade, cuja gravidade não vi até hoje apreciada e devidamente imputada:

A comissão consultiva para o Sistema de Busca e Salvamento Marítimo não reunia à data da auditoria (2007) desde 2004.

Quem foram então os responsáveis desde 2004?

Para além do actual Ministro da Defesa Nacional Prof. Nuno Severiano Teixeira, em funções desde 03 de Julho de 2006.
(XVII Governo Constitucional)

Dr. Luis Filipe Marques Amado
(XVII Governo Constitucional)
De 12 de Março de 2005 a 3 de Julho de 2006.

Dr. Paulo Sacadura Cabral Portas
(XVI Governo Constitucional)
De 17 de Julho de 2004 a 12 de Março de 2005.

sexta-feira, novembro 30, 2007

Aldrabices na NET (3). Via Verde

De tempos a tempos tem circulado na Internet “mails” alertando para a entrada em funcionamento nas portagens, mais propriamente nas passagens de via verde, de radares de controlo de velocidade, avisando assim que, ultrapassada a velocidade dos 60 Km por hora naqueles locais, resultam um conjunto de consequências para os respectivos condutores de aplicação imediata. Se bem que a GNR possa colocar radares onde muito bem entender, esses radares não estão normalmente montados nem em permanência naqueles locais como a própria Via Verde já esclareceu. Trata-se assim das tão frequentes mensagens HOAX que os incautos se apressam a reenviar, dando origem a um anormal aumento de tráfego na INTERNET.

From: VVP Gestão Clientes [ mailto:gestao.clientes@viaverde.pt]
Sent: quinta-feira, 15 de Novembro de 2007 hh:mm
To:
Subject: Proc.800079xxxx

Exmo.(a)(s) Senhor(a)(es),

Acusamos a recepção do mail enviado por V.Exa., que mereceu a nossa melhor atenção.

Em resposta, somos a informar, que a Brisa e a Via Verde Portugal não têm radares instalados nas portagens, nem têm competência para exercer uma actividade de fiscalização do trânsito.

Apenas as autoridades de viação e trânsito, nomeadamente a Brigada de Trânsito da GNR, têm competência legal de fiscalização e só estas autoridades têm e podem usar radares.

A notícia segundo a qual terão sido inaugurados os radares de controlo de velocidade em todas as vias verdes é, por isso, um boato destituído de qualquer fundamento.


Agradecendo a colaboração de V.Exa., apresentamos os nossos melhores cumprimentos.


Via Verde Portugal, S.A.
Direcção de Exploração
Serviço de Operações de Clientes
gestao.clientes@viaverde.pt

segunda-feira, novembro 26, 2007

(In)Coerência ?(1). Hugo Chavez

Quem ouviu Hugo Chavez nesta entrevista e quem o ouve agora!

Na Cimeira Ibero-americana de Chefes de Estado e de Governo, mas antes da polémica do "cala-te" ou "continua, não te cales", ou mesmo na sua visita a Lisboa, teria sido instrutivo confrontá-lo com a firmeza das suas declarações e convicções, nesta sua entrevista, nos primórdios da Presidência da Venezuela.
A transparência tem destas exigências!


quinta-feira, novembro 22, 2007

Toponímia e cultura XX

No Bairro Arco do Cego, em Lisboa:

Não seria de acrescentar nada, a título informativo, nesta placa toponímica?

No mínimo Rua Bernardo de Passos, 1876-1830, Poeta.

Bernardo de Passos nasce a 29 de Outubro de 1876 e morre em Faro, a 2 de Junho de 1930.
Foi poeta (descobriu a veia por volta dos nove anos).





Fotos 2112007(004) e (005)

segunda-feira, novembro 19, 2007

Toponímia e Cultura XIX

No Bairro do Arco Cego em Lisboa, poucas ruas têm informações complementares sobre a pessoa visada na toponímia. Raras excepções, como esta que a fotografia mostra da Rua Eduardo Fernandes.
Curiosa esta caracterização para a posteridade de Eduardo Fernandes. Parece que estamos num concurso de televisão, ou que a generalidade das pessoas terá de se fazer acompanhar dum dicionário de língua portuguesa. Quem nos saberá explicar porque não escreveram antes médico?


Foto 28082007

domingo, novembro 18, 2007

Toponímia do Largo Azeredo Perdigão

O Largo Azeredo Perdigão, em Lisboa, junto à Avenida de Berna e às instalações da Fundação Calouste Gulbenkian, tem estado assinalado como as fotografias documentam.Esta assinalável falta de zelo, também incompreensível, levou a pensar um passante que ali estaria a campa do Dr. Azeredo Perdigão.

Fotos 09092007 e 08112007(11)

sexta-feira, novembro 16, 2007

Sinalização decorativa? (1)

Junto ao incompleto Palácio Nacional da Ajuda (Lisboa), em cujo Museu vale vivamente a pena visitar a exposição de (algum património) do Hermitage, este sinal de trânsito, do lado direito da fotografia. Num dia útil em horário laboral. Será apenas decorativo?
Foto 15112007

terça-feira, novembro 13, 2007

Poluição visual (5)

Na Rua Aristides de Sousa Mendes, a Telheiras, em Lisboa, é assim que se anuncia, sem encargos, grátis.


Ou será uma nova forma de forrar as caixas de electricidade?

Foto 13112007(001)

quarta-feira, novembro 07, 2007

Toponímia e cultura XVIII

Apenas Rua Fernão Lopes, sem qualquer informação complementar? Isto acontece em Lisboa, cidade onde o cronista nasceu e viveu. A toponímia deve ter também uma função cultural.

Fernão Lopes (~1378/1380 — 1459?) foi funcionário do paço e notário, nomeado cronista pelo rei D. Duarte, escreveu as crónicas dos reis D. Pedro I, D. Fernando e D. João I (1.ª e 2.ª partes). Guarda-Mor da Torre do Tombo.

Nasceu em Lisboa cerca de 1380, numa família de camponeses ou de mesteirais. Terá frequentado a Escola Catedral de Lisboa. 1418: Regista-se o mais antigo documento existente sobre o cronista, revelando a sua condição de Guarda-Mor da Torre do Tombo. Assinala-se também a sua posição como escrivão de D. João I e do infante D. Duarte. 1419: Por ordem do infante D. Duarte, começa a redigir a Crónica dos Sete Primeiros Reis de Portugal; escreve depois as crónicas de D. Pedro e D. Fernando, bem como as duas primeiras partes da crónica de D. João I. 1422: Exerce a função de escrivão da puridade do infante D. Fernando. 1434: D. Duarte, acabado de subir ao trono, concede ao cronista uma tença de 14 000 réis anuais e carta de nobreza, como reconhecimento pelos seus méritos. Passa a usar o título de «vassalo de el-rei». 1451-52: A idade avançada obriga-o a afastar-se do seu trabalho na Torre do Tombo vindo em 1454 a ser substituído no cargo de «guardador das escrituras do Tombo» por Gomes Eanes de Zurara. 1459: Fernão Lopes terá morrido pouco tempo depois, provavelmente em 1460.

Foto 06112007

terça-feira, novembro 06, 2007

Poluição visual e higiene (2)

Tínhamos ficado apreensivos com o que vimos na Avenida Praia da Vitória, em Lisboa, relatado em “post” do mês anterior (06OUT2007), chegando a pensar que isso apenas se passava ao fim-de-semana. A crítica de negligência que então fizemos aos serviços da CMLisboa, de negligência e falta de previsão, mantêm-se, porque nos dias úteis a situação é assim e ainda só no final da manhã.

Foto 06112007(001)

quarta-feira, outubro 31, 2007

Toponímia e cultura XVII

Nesta placa toponímica de Sintra (ex-Cintra), parece-nos culturalmente insuficiente a indicação ali constante, apenas Rua Marechal Saldanha, até por comparação com outras mais completas existentes nas proximidades.

Quando viveu e em que se distinguiu? Haverá certamente sobre o Marechal Saldanha algo mais a acrescentar nesta placa, que elucide quem por ali passe. No mínimo o período em que viveu: 1790 - 1876.

João Carlos Gregório Domingos Vicente Francisco de Saldanha Oliveira e Daun (Azinhaga, Golegã, 17 de Novembro de 1790 — Londres, 21 de Novembro de 1876), 1.º conde, 1.º marquês* e 1.º duque de Saldanha, foi um marechal do exército português. Homem de Estado do tempo da Monarquia constitucional, influenciou de forma substancial o rumo dos acontecimentos do país ao longo de meio século. Foi inúmeras vezes ministro, assumindo designadamente as pastas da Guerra e dos Negócios da Fazenda. Foi também, por quatro vezes, primeiro-ministro de Portugal (em 1835, entre 1846 - 1849 e 1851 - 1856 e em 1870).

Era poliglota, falava francês, inglês e espanhol. Durante o seu governo no Rio Grande do Sul, no qual tomou posse em 20 de Agosto de 1821, conseguiu manter Porto Alegre relativamente em paz, a despeito das constantes manifestações em prol de mais liberdade política para a província. Em 08 de Agosto de 1822 é chamado de volta ao Rio de Janeiro.

Pela via materna (Maria Amália de Carvalho e Daun) era neto do marquês de Pombal.

Nota* Marquês de Saldanha foi um título nobiliárquico criado pela Rainha D. Maria II de Portugal, por decreto de 27 de Maio de 1834, a favor do Marechal João Carlos Gregório Domingos Vicente Francisco de Saldanha Oliveira e Daun, em substituição do título de Conde de Saldanha que lhe havia sido concedido a 14 de Janeiro de 1833. Ao mesmo Marechal Saldanha, foi-lhe concedido o título de cortesia de Duque de Saldanha a 4 de Novembro de 1846.

Foto 27102007

terça-feira, outubro 30, 2007

Parque de estacionamento privativo do Estado (2)


Em “post” / mensagem de 30 de Junho de 2007 lamentámos que ainda constasse junto ao Campo das Cebolas, em Lisboa, um sinal indicativo de estacionamento do Estado com indicação dum Ministério que já não existia desde 2005.

Vá lá que (só) ao fim de 2 anos - e apesar de ali estar diariamente um soldado da GNR (Brigada Fiscal) a controlar a utilização do espaço -, a situação foi agora finalmente corrigida, como a fotografia mostra.

Fotos 19062007 e 29102007

domingo, outubro 28, 2007

Educar a brincar

Para quem tem contacto regular com crianças e em especial a responsabilidade da educação dos filhos ou netos, esta Crónica de Daniel Sampaio BRINCAR, publicada Domingo, 28 de Outubro de 2007 , in PÚBLICA, tem grande oportunidade:

"Nunca pensei que os gerentes da Duracell se preocupassem com estudos sobre pais e filhos. Para mim, mandavam numa simples fábrica de pilhas, capazes de fazer correr sem parar um irritante coelhinho! Ideia preconcebida: acabam de publicar um estudo com 900 crianças, onde se demonstra que as portuguesas são as que diariamente menos brincam com os pais. Só seis por cento dos nossos meninos admite brincar com os pais todos os dias, um número muito abaixo da média europeia, onde uma em cada cinco crianças tem momentos diários de divertimento com a família.
Como chegámos a esta triste situação? Basta olhar em redor e compreenderemos tudo. O governo falhou na política de apoio à família e muitos dos nossos pais têm má qualidade de vida: salários baixos, empregos instáveis, maus transportes, pouco enquadramento e deficiente articulação com as escolas, como podem ter disponibilidade ou sequer desejar mais filhos? Outros não têm dificuldades financeiras de maior, mas padecem de egoísmo ou vivem na crença de que educar é uma tarefa esgotante, por isso o que importa é arranjar brinquedos para "entreter" os mais novos: já basta o trabalho para os fatigar, em casa é preciso "distrair", "desanuviar" ou "descansar". Deste modo, são bem vindos os novos brinquedos electrónicos: com a destreza das crianças de agora, depressa aprenderão como os manipular e não importunarão os adultos por largos momentos. A consola de jogos, o computador e a televisão transformaram-se assim na "baby-sitter" dos tempos modernos, a garantia de que os mais novos estarão ocupados por umas horas: com trabalhos de casa feitos à pressa e uma refeição rápida, depressa se chega à hora de deitar, amanhã correrá melhor! Mas não corre: em todo o lado vemos crianças inquietas com incapacidade de pensar, irritáveis por sono insuficiente, indisciplinadas na escola por ausência de limites em casa, com dificuldades na leitura e na escrita. Por exemplo, já experimentaram pedir a uma criança de oito anos para ler um texto em voz alta? O resultado é surpreendente: gagueja, ignora a pontuação e depressa se fatiga, porque não está habituada a ler em público, só é treinada para descodificar símbolos do "gameboy" ou da "play-station". Que saudades das crianças que brincavam na rua, que jogavam à bola na praceta ao pé de casa ou que fugiam para se divertir em casa dos vizinhos! Hoje saem da escola a correr, trazidas por pais apressados que as depositam no judo, na música, na natação ou no explicador, para mais tarde serem recolhidas à pressa, só a tempo de uma refeição apressada antes de tentarem dormir...
Que fazer? Em primeiro lugar, lutar para que tudo isto se altere. Passar a mensagem de que o jogo é a melhor maneira de as crianças aprenderem tudo: se for fornecido um contexto que permita a uma criança o relacionamento tranquilo com um adulto, ela será a primeira a aprender a importância da sua relação com os mais velhos e, movida pela sua curiosidade natural (existente em todas), esperará a brincadeira mais ou menos divertida, mas sobretudo terá a certeza que a sua fantasia crescerá. Tudo isto poderá ser feito sem brinquedos, com as mãos de pais e filhos e o corpo de todos, sem apitos electrónicos ou ecrãs tecnológicos individuais, a dificultarem a simples troca de olhar em família. E as emoções desencadeadas pelos brinquedos de hoje, quem as conhece, se depressa são descarregadas no jogo seguinte?
Não podemos esquecer que educar consiste em a pessoa se oferecer como modelo. Uma pessoa fica "educada"quando cresceu e já é capaz de se constituir como um exemplo a seguir: quando um irmão imita o mais velho é porque este desempenhou um papel capaz de ser seguido (esperemos que no sentido positivo) pelo mais novo.
Mais do que os livros ou revistas, que embora cruciais podem dar olhares perturbados da realidade (sobretudo se não os lermos em conjunto com os mais novos); mais do que recomendações palavrosas de pais para filhos, tantas vezes não ouvidas ou depressa esquecidas; muito mais do que o último jogo de computador, em breve substituído pelo que acaba de sair, ou consumido a correr para alcançar o objectivo de "vencer mais um obstáculo", a resposta está no olhar da criança que nos pede: "Podes brincar comigo?""

quarta-feira, outubro 24, 2007

Transparência e cultura democrática (1)

Para nos ajudar a reflectir e tanto quanto nos fôr possível a mudar,
alguns extractos,
com sublinhado nosso, deste actualíssimo artigo de João Miguel Tavares, in Diário de Notícias, pág. 7, da edição de Terça-Feira, dia 23 de Outubro de 2007:
A brigada do "então prove" e
a
falta de cultura democrática

"Cada vez que alguém aparece na comunicação social a fazer uma denúncia relevante há sempre um bando de picuinhas que exprime imediatamente a sua indignação com vózinha de contratenor: "Se assim é, então prove." Escondida atrás de um suposto rigor legalista e confundindo as regras do espaço público com as leis dos tribunais, a brigada do "então prove" é perigosamente conservadora e gosta do cheiro a pântano, crescendo à sombra da nossa falta de cultura democrática. Alguém resmunga sobre a corrupção nas câmaras? Então prove. Uma alminha aponta o dedo à incompetência na função pública? Então prove. Um desgraçado queixa-se das falhas no sistema judicial? Então prove. Como se cada vez que uma pessoa abrisse a boca para protestar tivesse obrigatoriamente de estar munido de dossiês e documentação em papel timbrado. Nove em dez vezes, o "então prove" é apenas uma forma mais ou menos elaborada de proteger o estado das coisas e tapar a boca a quem se queixa.

Certamente por causa deste exagerado calor de Outono, que sobreaquece as cabecinhas, quatro ou cinco pessoas importantes lembraram-se de ir para os jornais dizer o que lhes vai na alma. Não é normal. O normal é que as pessoas importantes dêem entrevistas mastigadas, soltando um recadito ali, uma frase cabalística acolá, num português remoído que depois é decifrado por meia dúzia de entendidos que peroram sobre o assunto durante dois ou três dias. Mas não foi isso que aconteceu com as últimas entrevistas de Catalina Pestana ou Pinto Monteiro, só para dar dois exemplos. Estes decidiram, por uma vez, dizer coisas relevantes e denunciar o que vai mal.

Resultado: uma carga violenta da brigada do "então prove".
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E, como de costume, o monstro do statu quo acordou para exigir que não o incomodem. Triste sociedade esta, que devota tanto amor à lei da rolha. E assim vamos andando aos caídos, muito caladinhos e compostinhos."

sexta-feira, outubro 19, 2007

Toponímia e cultura XVI

Na Urbanização da Portela, Junta de Freguesia da Portela (www.jf-portela.pt) inserida na área da Câmara Municipal de Loures, os nomes das ruas de certas zonas foram atribuídos em conformidade com determinados temas: navegadores/descobridores, actores, etc...

Na zona correspondente aos actores, existem, e muito bem, as ruas dos Actores, Vasco Santana, Amélia Rey Colaço, Palmira Bastos, etc...

Mas porque será que a rua central, que nos recorda um elemento que nunca foi actor, o oficial de cavalaria do Exército português Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque (n. Batalha, 11 de Novembro de 1855 — f. Lisboa, 08 de Janeiro de 1902), está caracterizada como a fotografia ilustra?

A palavra ACTORES não estará a mais e não induzirá em erro a gente menos culta? A cor da placa, que já a caracteriza como pertencente a essa zona, não seria suficiente?

Foto 19102007

quinta-feira, outubro 18, 2007

Toponímia e cultura XV

A toponímia desta Avenida que homenageia o Visconde Valmor, em Lisboa, é muito pouco esclarecedora. Mas de quem se trata?
A placa deveria ser mais precisa.

Tudo leva a crer que se tratará do 2º Visconde (18?-1898), diplomata, político, membro do Partido Progressista, par do reino, governador civil de Lisboa, a quem se deve o Prémio Valmor de Arquitectura**. Sobrinho paterno do 1º Visconde.

Ou será o 1º Visconde, dirigente das associações comerciais do Porto e de Lisboa, deputado em 1846 e 1848-1851, par do reino de 1853-1870?

O título de Visconde de Valmor foi instituído por decreto do rei Luís I de Portugal de 11 de Março de 1867, em benefício de José Isidoro Guedes.

Os primeiros viscondes de Valmor

José Isidoro Guedes (?-?)

Fausto de Queirós Guedes (18? – 1898)

3º José Guedes Pinto Machado (1908 – ), também 4.º Conde de Almedina

Notas

* O local e as datas de nascimento constantes na Internet, Lisboa e Lamego, 1937 e 1940, nomeadamente em maltez.info e na wikipedia, não coincidem.

** O Prémio Valmor de Arquitectura (associado a partir de 1982 ao Prémio Municipal de Arquitectura, passando a denominar-se Prémio Valmor e Municipal de Arquitectura) tinha por finalidade premiar a qualidade arquitectónica dos novos edifícios construídos na cidade de Lisboa.

Trata-se de um prémio pecuniário que, de acordo com o testamento deixado pelo Visconde de Valmor Fausto Queirós Guedes, seria repartido em partes iguais pelo arquitecto e pelo proprietário da construção. Para o efeito foi criado um fundo gerido pela Câmara Municipal de Lisboa com o dinheiro deixado por este 2º visconde.

Inicialmente este prémio só contemplava edifícios de habitação mas mais tarde passou também a incluir qualquer tipo de edificação e arquitectura paisagista.

Foto 18102007

terça-feira, outubro 16, 2007

A produção legislativa. O Código Penal

Não se trata desta vez do problema da introdução da aparente inofensiva vírgula num artigo duma nova legislação, que afinal o não era. O que é chocante, é que no processo legiferativo, envolvendo tantos técnicos e tantos eleitos, se descortinem falhas de controlo do sistema.

Afinal, quem tem responsabilidade, ou a responsabilidade, na alteração ao Artigo 30º do Código Penal, que introduz a figura do crime continuado nos crimes contra pessoas, como os abusos sexuais*, aplicável a quem violar repetidamente a mesma vítima?

E que (por mero acaso?) pode ser aplicável num processo que ainda não transitou em julgado!!!

A bem da transparência!

Nota* Ou a integridade física.

quinta-feira, outubro 11, 2007

Pontos negros no transito. Lisboa

Em Setembro de 2007 foram identificados pela Câmara Municipal de Lisboa vinte pontos negros do trânsito na cidade de Lisboa. Eles aqui estão:

E quantos mais poderão os utentes da cidade identificar?

Passemos então a estar atentos ao tempo que decorrerá até que essas situações, de risco comprovado, sejam suprimidas.

Quando deveria ter sido (ou poderá ser?) gasto algum dinheiro, com razoabilidade, para poupar algumas vidas?

Foto Pontosnegros001

sábado, outubro 06, 2007

Poluição visual e higiene

Sábado à tarde, dia 06 de Outubro, era este o espectáculo na Avenida Praia da Vitória, a menos de 50 metros do Saldanha, na capital do País.

Uma questão de deficit de cidadania mas também dos serviços competentes da CML que não estão atentos. Uma intervenção pontual nestes casos e o dimensionamento da capacidade em recipientes, atenta a zona em causa, mereceria a acusação de negligência.

Foto 06102007(001)

sexta-feira, setembro 28, 2007

Poluição visual (4)

Cerca da uma da manhã, pouco depois do fim da tourada e ainda alguns a sair, no Campo Pequeno em Lisboa. Um elemento do sexo masculino, cerca de 30 anos, balde e escova na mão, impressos vários que vai colando em tudo que o permite. Telefone do anunciante, que compra carros de mais de dez anos, bem visível: 934350163
Não terão as autoridades, leia-se CML, meios para actuar?

Foto 28092007

segunda-feira, setembro 24, 2007

Toponímia e Cultura XIV

Pugnamos por uma informação esclarecedora e tão completa quanto possível de quem foram os homenageados cujos nomes damos ás nossas ruas e praças, para que fiquem para a posteridade enriquecendo a nossa cultura e de quem nos visita. Em Algés, a merecida homenagem a Hermano Patrone, reconhecido treinador de natação - em especial do Sport Algés e Dafundo -, o excessivo zelo colocado na placa toponímica pecou pelas imprecisões.
Além do ano de nascimento e morte, o que é normal e desejável, também o dia e mês em que ocorreram, o que se aceita mas não é vulgar nestas placas, nem importante. A falta das pintas nos "i" até se compreende, mas já não se aceita que lá não esteja a acentuação devida a uma palavra esdrúxula no primeiro "í" : Olímpico em vez de Olimpico.
E já agora o que é esta categoria de treinador olímpico? Porque treinou atletas que foram aos Jogos Olímpicos? E como treinador de atletas que fossem aos Campeonatos do Mundo ou da Europa? Seria treinador mundial ou europeu?

Foto 28072007(002)

sábado, setembro 22, 2007

Toponímia e Cultura XIII. Bons e maus exemplos

Ainda na linha dos bons e maus exemplos, continuando na cidade de Lisboa.






E já agora quem foi ou o que fez José António Pereira? Em que época viveu?

É deste José António (ou Antônio) Pereira (Barbacena, 19 de Março de 1825Campo Grande, 11 de Janeiro de 1900) que foi um desbravador brasileiro, fundador da cidade de Campo Grande, que se trata?

Fotos 10032007 e 16122006

quinta-feira, setembro 20, 2007

Toponímia e Cultura XII. Bons e maus exemplos

Na área do Município de Lisboa há, mas parece que só em teoria, um critério para as placas toponímicas. Porque na realidade ainda há muito para modificar e corrigir como se pode ver no bom e mau exemplo que as fotografias mostram.


Este João Penha será João de Oliveira Penha?
(n.1838 - f. 1919) Poeta, nascido na cidade de Braga. Licenciado em Direito em 1873, advogado.

Fotos 08032007 11112006(002)

sábado, setembro 15, 2007

Monsanto (Idanha-a-Nova)

Em Monsanto, freguesia do Concelho de Idanha-a Nova, aldeia premiada no concurso “aldeia mais portuguesa” de Portugal de 1938 (promovido pelo ex-SNI) com a atribuição do galo de prata, cuja réplica os Monsantinos exibem, orgulhosamente, no topo da Torre de Lucano aqui visível do lado esquerdo da fotografia, quem autoriza (ou fecha os olhos!) estas “modernizações” (alumínio lacado?) assinaladas?

http://pt.wikipedia.org/wiki/Monsanto_(Idanha-a-Nova)

Foto 15092007(004) alt

quarta-feira, setembro 05, 2007

Praias 2007. Nadadores-salvadores (IX)

Como aqui se comentou em "post" do mês anterior, entendemos que o posicionamento dos nadadores-salvadores nas praias deve satisfazer, resumidamente:

Verem e serem vistos, bem identificados, com conforto.



A estrutura que vimos (e mostramos) hoje, captado na Praia da Riviera, na Costa de Caparica, poderia ser um princípio, mas ainda com muitas falhas:

  1. Não assegura conforto, quer no acesso, quer na estada no espaço superior. (Completa desprotecção do Sol e intempéries)
  2. Não tem uma identificação bem visível de que se trata dum nadador-salvador, nem de qualquer outro contacto importante para o salvamento ou assistência. (Mas tem dois grandes anúncios ao patrocinador COFIDIS, com o respectivo sítio e telefone)






Fotos 05092007 (001)(002)(003)

terça-feira, setembro 04, 2007

Sinalização rodoviária

Nas proximidades da Avenida da Liberdade, em Lisboa, mais propriamente na Rua da Caridade, não foi encontrado melhor local para colocar as instruções sobre a separação do lixo (papel e cartão)! Por acaso ainda dá para identificar o sinal.

Foto 04092007(001)

Sinalização para cegos (1)


Já se vão vendo alguns elevadores com os botões como a fotografia mostra. A inclusão da indicação do andar também em Braille, especialmente em edifícios públicos, não nos parece difícil e devia ser mais generalizada. Os cegos (invisuais) merecem.
Foto 04092007

Educação (1)

O tema Educação, que pela sua importância deveria ter no nosso País outra centralidade e prospectiva, é hoje trazido para reflexão e comparação com a situação no nosso País. Em declarações recentes ao semanário Alba, de Inger Enkvist, assessora do ministério de Educação da Suécia , em que criticou a adopção (pela Espanha) de um modelo psicopedagógico que já demonstrou o seu fracasso.


A ausência do esforço, o déficit de autoridade e a precariedade dos conteúdos sairá muito caro. O contribuinte pagará e os únicos ganhadores serão "os psicopedagogos dependendentes do orçamento".

Inger Enkvist estuda há décadas o processo de decadência da escola pública europeia e considera que a deterioração da educação é causa do "construtivismo", que é um "processo assumido pela maioria dos modelos educativos europeus.

Firma-se sobre a tese de que só é verdade aquilo que construímos por nós mesmos, destruindo desta maneira a tradição e o conhecimento acumulado por gerações anteriores. O construtivismo pretende que a criança deve conhecer a verdade por si mesmo". Para esta especialista, "é sempre necessário que o professor conduza o aluno para a verdade. Os construtivistas preocupam-se muito com o procedimento ao ensinar, mas muito pouco com os conteúdos".

Segundo Inger Enkvist, "uma educação que não dá prioridade ao esforço mas apenas procura que as crianças estejam contentes, que se entretenham, que trabalhem em equipa, e que digam o que lhes apetecer, demonstrou já seu fracasso. E isso consolida o poder dos psicopedagogos que desenharam este sistema educativo e que mantêm uma rede de interesses criados em torno da administração educativa e financiada com dinheiro público".

"Esse construtivismo gera adolescentes adultos que querem tudo para agora. Sim, é uma espécie de geração de 68 permanente.

segunda-feira, setembro 03, 2007

Do DIÁRIO DE NOTÍCIAS de 03SET2007

Como contributo para a nossa reflexão cívica, permito-me transcrever alguns extractos do artigo "O QUE FALTA PARA SAIR DA CRISE" do Prof. João Cesar das Neves:

A base da crise portuguesa não é económica, social, financeira. Estes problemas, apesar de atraírem muita atenção, são laterais ao drama central, que é cultural. Vivemos um grave problema cultural, que não é a lamentada tradição lusitana ou a triste decadência do Ocidente, mas algo muito mais prosaico: o País está desanimado e a causa é fácil de descrever.
...........
Uma crise cultural é sempre reforçada por consequências éticas, e por cá esses sintomas são claros. A desmoralização nacional é também uma queda de padrões morais. Repete-se que o Estado não é pessoa de bem, enquanto a imprensa nos bombardeia com abusos e misérias. Os escândalos da Casa Pia, os casos de corrupção autárquica e futebolística juntam-se à lentidão da Justiça e ao sentido de impunidade. Correm boatos de favores e negociatas. Até o sucesso empresarial vem inquinado pela sensação de oportunismo e injustiça. Tudo contribui para o clima geral de depressão.
..........
Assim, mesmo que as reformas funcionem e a economia melhore, o País permanece desmoralizado. Do que Portugal precisa, antes de tudo, não é crescimento e investimento, tecnologia e emprego. Precisa de algo mais precioso: uma ideia, um projecto, um objectivo que empolgue e convença. Algo em que acreditar. Portugal até tem progresso. Precisa de fé.







quinta-feira, agosto 30, 2007

Bem escrever português? (1)




Na edição do semanário SOL do passado Sábado, dia 25 de Agosto de 2007, recolhemos três anúncios do Grupo CRH publicados na página 3 do caderno PUBLICIDADE. E atente-se nos Requisitos de Idade de dois deles - “Idade compreendida até aos 30 anos” -, já que o terceiro salva a honra do convento, corrijo do Grupo CRH. É que compreender, conforme o Grande Dicionário da Língua Portuguesa, coordenado por José Pedro Machado, deve conter em si várias coisas, partes ou porções.

Fotos 25082007 (SOL1, 2 e 3)

quarta-feira, agosto 29, 2007

Sinais de trânsito?

A menos de 20 metros do Largo do Camões, em Lisboa, foi esta a situação com que nos deparámos. Rua das Salgadeiras, no Bairro Alto. As pinturas e os autocolantes quase não deixam identificar os sinais de trânsito e a situação não é reposta em devido tempo pelas entidades responsáveis. Completa impunidade dos seus autores e total ausência de fiscalização e verificação. Quase inacreditável, numa capital europeia!


Fotos 29082007

terça-feira, agosto 28, 2007

Estacionamento pago e arrumadores

É demasiado frequente, lamentavelmente, esta situação:

Parque de estacionamento pago e que não é barato. E lá vem um pseudo-arrumador que não nos ajudou minimamente e cuja presença dispensávamos pedir umas moedas. Este caso, habitual em Lisboa, passou-se em Algés e aqui se regista na foto com a abordagem do pseudo-arrumador a um condutor, muito próximo do fiscal.

Até quando teremos que aturar estas situações, certamente geradoras de apreciáveis receitas, livres de impostos, só pelo receio de que os carros (de quem não dá) apareçam riscados?

Foto 28082007(001)

Entupidores do trânsito (1)










As fotografias mostram uma parte duma rua fechada ao trânsito, no cruzamento da Avenida Barbosa do Bocage com a Rua do Arco do Cego, nas proximidades do Campo Pequeno em Lisboa.

Uma racha no muro do Palácio Galveias ameaçando a queda do mesmo, motivou, e muito bem, a definição duma zona de protecção. Só que esta situação, que já deveria ter merecido uma rápida resolução pela perturbação que causa, arrasta-se há cerca de 3 meses. Porquê e até quando?

(Colaboração ZMadeira)

Fotos AGO2007

segunda-feira, agosto 27, 2007

Algarve ?

AYAMONTE e HUELVA estão certamente fora dos limites do Algarve que conhecemos! Ou farão parte do tal ALLGARVE?

sexta-feira, agosto 24, 2007

Praias 2007. (VIII)















É extremamente desagradável estender a toalha na praia sobre uma areia cheia de beatas e filtros de cigarros como verifiquei em várias praias do Algarve (p.e. Praia da Rocha) e que não aconteceu tanto em anos anteriores em que foi feita uma campanha com distribuição de recipientes aos fumadores.
Passe a publicidade à VODAFONE, as pequenas caixas para recolha dos restos dos cigarros já fumados, que numa zona concessionada (no caso, a sul da Lagoa de Albufeira), estão este ano junto aos chapéus-de-sol, são um bom exemplo a seguir e uma boa prática.





Fotos 23082007

sábado, agosto 18, 2007

Praias 2007. Algarve (VII)

Temos defendido há muito tempo que os nadadores-salvadores nas praias devem estar bem posicionados, de forma a terem boa visão da zona de banhos e serem simultaneamente visíveis para que se lhes possa ser comunicada qualquer situação anómala. Além destes aspectos devem obviamente ter condições para poderem estar devidamente protegidos do Sol. Em resumo: Verem e serem vistos, bem identificados, com conforto.

Este desiderato poderia ser facilmente conseguido e normalizado, com uma estrutura mais elevada, quer fixa quer desmontável, bem identificada. Os patrocínios não faltariam certamente como os há para as motas de água e os veículos de assistência.

Lamentavelmente não temos vindo a assistir a qualquer melhoria como as fotografias de duas diferentes concessões comprovam, no caso na Praia da Rocha.

Fotos 18082007 (005) e (006)