sábado, junho 30, 2007

Parque de estacionamento privativo do Estado

Quem passa junto ao Ministério das Finanças, depara-se com um espaço de estacionamento em espinha ao longo do passeio que acompanha toda a fachada do lado do Campo das Cebolas. Estacionamento apenas para viaturas autorizadas, cujo controlo é feito por um elemento da GNR, provavelmente da Brigada Fiscal. Várias placas a delimitarem os espaços de estacionamento, mas esta da fotografia, tirada há dias, que nos surpreende: MEPAT.

Consultada a Lei Orgânica do XVII Governo Constitucional, que entrou em vigor em 12 de Março de 2005, nada se refere que corresponda àquela sigla. Será que MEPAT quer dizer Ministério do Equipamento, do Planeamento e Administração do Território, Ministério que já não existe há algumas centenas de dias? Não terá havido tempo para corrigir aquela situação? Se não houve até agora, a ocupação neste período da Presidência da EU pode ser uma boa desculpa para ignorar estes detalhes. Pode a autoridade autuar quem ali estaciona num espaço destinado a uma entidade que não existe?

Foto 19062007

quarta-feira, junho 27, 2007

Sociedade civil (1)

Para ler e reflectir, valerá a pena ler no Jornal Público -, de 03 de Junho de 2007, o artigo de António Barreto - Retrato da Semana, intitulado:

A desumanidade da sociedade civil

de que se transcreve, para aguçar o leitor e a sua consciência cívica, o seguinte extracto:

""Uma esmola dada a um pobre é mais um dia de atraso na revolução", terá dito Lenine ou um dos seus amigos. A esquerda (na qual incluo todas as espécies ditas racionalistas, republicanas, laicas, socialistas ou comunistas) viveu sempre em combate contra a caridade. A seu favor, fica o papel crucial que desempenhou no reconhecimento dos direitos sociais e da igualdade entre todos os cidadãos. Assim como o seu contributo para a criação do Estado-providência. Mas, a seu desfavor, fica a desumanização da assistência aos desprotegidos. O Estado não é eficiente, nem acode rapidamente. Sobretudo, o Estado não é capaz de trazer o que muitas vezes é essencial: o apoio humano, o conforto afectivo e a esperança.

Que o Estado não seja capaz de humanidade, não é para admirar. Mas que grande parte dos seus técnicos e funcionários também o não seja, já deixa a desejar. As instituições parecem feitas para enquadrar e regulamentar, não para agir individualmente, com a humana generosidade que, muitas vezes, faz tanta ou mais falta do que o alimento ou o abrigo. Mais ainda: nessa enorme constelação de agências de voluntários, são poucas as organizações e poucas as pessoas que se dedicam a estas sacrificadas actividades por mero espírito de solidariedade laica. Para se dedicarem ao exibicionismo, ao dinheiro e à competitividade, os laicos entregam ao Estado as actividades de protecção e de solidariedade. Pode a sociedade civil distinguir-se pelas liberdades e pela igualdade. Mas falhou radicalmente na fraternidade."

terça-feira, junho 26, 2007

Toponímia e Cultura IX

Por todo o nosso Portugal há avenidas e ruas com o nome de Tenente Valadim. Tenente Valadim e apenas esta indicação, sem direito sequer a nome próprio, o que julgamos muito curto como ajuda à pouca cultura do povo português. Aliás, se efectuarmos uma pesquisa na Internet, a maioria das informações que obtemos é sobre os mais variados assuntos, apenas porque têm ligação a moradas com este nome. É esta a situação, que se ilustra na fotografia, registada em Cascais.

Eduardo António Prieto Valadim, nasceu em Lisboa a 13 de Julho de 1856. Em 1884 foi, como militar, servir Portugal em Moçambique. Participou em varias batalhas no norte Moçambicano e, o seu nome ficou para a história pelo facto de ter sido incumbido de comandar uma expedição a vários régulos e, a despeito do êxito alcançado sobre alguns, foi friamente decapitado pelo régulo Mataca, em Janeiro de 1890.

Foto 24062007

segunda-feira, junho 25, 2007

Vocação marítima? (1)


A Doca do Poço do Bispo, em Lisboa apresenta-se na baixa-mar como a fotografia documenta. Há vários anos que esta doca, sob responsabilidade da administração do Porto de Lisboa, já apelidada de cemitério de embarcações, não é dragada, inviabilizando a sua utilização (excepto em períodos muito limitados, o que não é praticável).
Num País com uma estratégia nacional para os assuntos marítimos só no papel, não admira que as actividades piscatórias e do recreio, fluviais ou marítimas, tenham esta baixa prioridade, a curto prazo menos lucrativa do que os eventos, o betão e a restauração na frente Tejo.

Foto 20062007(001)

sábado, junho 23, 2007

Portugal português? (1)

Será isto em Portugal?

Lamentavelmente é, na Praia da Rocha, entre a avenida marginal e a praia.
Seria interessante que ali se colocasse uma placa com o nome dos (ir)responsáveis, com uma fotografia de como era antes desta construção este espaço.

Foto 13082006

terça-feira, junho 19, 2007

Filas de espera (1)

Lamentavelmente, mas com frequência, quando se está a ser atendido ao balcão depois de se ter permanecido em pé numa fila, aparece alguém ao nosso lado, a apoiar-se no balcão para descansar, ou a esperar uma oportunidade para fazer uma pergunta. Invariavelmente também segue com alguma atenção a nossa conversa, que, mesmo que não seja reservada, torna a situação desagradável.

Em boa hora se vão estabelecendo formas ou linhas limitadoras do acesso, mas nem sempre o espaço, que dista do balcão ou guiché ao local de espera, o permite. E para algumas pessoas essas linhas nem sempre parecem ser esclarecedoras!

Daí que a solução que se mostra na fotografia junta, com a legenda bem explicativa, nos parece ser uma boa opção. Esperemos que seja!

Foto 12062007

segunda-feira, junho 18, 2007

Jornalismo de qualidade? (1)

Na Edição do Diário de Notícias de 18 de Junho de 2007, na 1ª página, repito, na primeira página, veio publicada a imagem e texto que se mostra.

Inserida entre duas notícias, embora em cor diferente, remete-nos para maior desenvolvimento à página 61. “Ladra”, “Nelly Furtado foi filmada a roubar jóias” e “Canal AXN passa as imagens amanhã”, são as expressões usadas no texto. Na página 61 e só aí podemos finalmente verificar que se trata de publicidade ao papel que a actriz desempenha numa série de televisão.

Dispenso-me de comentar esta técnica, que não se coaduna(va) com o jornal em questão.


segunda-feira, junho 11, 2007

Espaço temático em Fátima

Visitei há pouco tempo o espaço temático Vida de Cristo em Fátima, visita que custa por pessoa o preço indicado na cópia do bilhete junto.


Com interesse relativo, mas mais adequado a toda a envolvente do Santuário do que todo o horror urbanístico e arquitectónico de Fátima (para não falar da falta de planeamento e adequação das acessibilidades, suficientemente postas à prova no passado dia 13 de Maio com a perturbação de quem circulava para outros destinos na A1). E com figuras em poses mais naturais do que os "bonecos" do Museu de Cera.
Mas um reparo essencial a um aspecto incompreensível num local tão visitado por estrangeiros: As placas explicativas, com extractos da Bíblia, que ilustram as diferentes "salas", estão escritas em português e só nesta língua. A solução tão usada nos nossos Museus, em que se disponibilizam os mesmos textos em diferentes línguas em escaparates apropriados, parece-nos fácil, barata e evidente.
PORTANTO, A CORRIGIR COM URGÊNCIA PELOS RESPONSÁVEIS.

domingo, junho 03, 2007

Pombas nas cidades (1)

Esta imagem obtida na cidade de Lisboa, é também frequente noutras localidades. Muitos pombos e pombas nas fachadas e telhados dos edifícios, alimentados carinhosamente pela população, mas no desconhecimento das possíveis consequências.

O pombo, para além da transmissão de doenças, algumas delas com elevada perigosidade, é um portador natural de parasitas perigosos que se podem transmitir com facilidade aos seres humanos (Ex: Criptococose, Salmonelose, Ornitose e Psitacose, Tuberculose aviária).

É possível reconhecer os pombos doentes e isolá-los, no entanto, por vezes, a colónia apresenta mais de 60% de elementos enfermos, sendo então difícil resolver o problema sem recorrer ao seu abate, o que levanta problemas junto dos sectores mais sensíveis da opinião pública.

A transmissão de doenças não implica o contacto directo com os animais. Junto de ninhos e zonas de criação, este problema é particularmente premente. O carrapato do pombo entra facilmente nas zonas de habitação na busca de um organismo vivo que lhe sirva de hóspede.

Os pombos descansam, durante o seu voo diurno, nas varandas e parapeitos, sacudindo as suas asas e as suas penas, lançando desse modo dezenas de carrapatos para as suas zonas de pouso.

Por outro lado, os excrementos dos pombos, que nalguns locais atingem vários centímetros de espessura, servem de depósito de bactérias e vírus que passam para os seres humanos através do ar que respiramos.

Foto 30052007(002)

sábado, junho 02, 2007

Símbolos Nacionais (1)

Os símbolos nacionais são bens jurídicos considerados dignos de tutela penal, que merecem deferências, hoje mal-lembradas ou mesmo desconhecidas em muitos elementos da sociedade portuguesa.
Um desses símbolos é o Hino Nacional – A Portuguesa, cuja letra convirá recordar:

A Portuguesa

Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,

Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há - de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

Sendo o Patriotismo o sentimento de amor e devoção à pátria, através de atitudes de devoção para com a sua pátria podemos identificar um patriota. Há diferentes tipos de patriotismo e diferentes tipos de mostrar como são devotos ao seu lugar de origem.

Será este o caso, o do proprietário da viatura registada na fotografia, estacionada há uns tempos junto ao Ministério das Finanças, em Lisboa?

Foto 26042007