quarta-feira, novembro 07, 2007

Toponímia e cultura XVIII

Apenas Rua Fernão Lopes, sem qualquer informação complementar? Isto acontece em Lisboa, cidade onde o cronista nasceu e viveu. A toponímia deve ter também uma função cultural.

Fernão Lopes (~1378/1380 — 1459?) foi funcionário do paço e notário, nomeado cronista pelo rei D. Duarte, escreveu as crónicas dos reis D. Pedro I, D. Fernando e D. João I (1.ª e 2.ª partes). Guarda-Mor da Torre do Tombo.

Nasceu em Lisboa cerca de 1380, numa família de camponeses ou de mesteirais. Terá frequentado a Escola Catedral de Lisboa. 1418: Regista-se o mais antigo documento existente sobre o cronista, revelando a sua condição de Guarda-Mor da Torre do Tombo. Assinala-se também a sua posição como escrivão de D. João I e do infante D. Duarte. 1419: Por ordem do infante D. Duarte, começa a redigir a Crónica dos Sete Primeiros Reis de Portugal; escreve depois as crónicas de D. Pedro e D. Fernando, bem como as duas primeiras partes da crónica de D. João I. 1422: Exerce a função de escrivão da puridade do infante D. Fernando. 1434: D. Duarte, acabado de subir ao trono, concede ao cronista uma tença de 14 000 réis anuais e carta de nobreza, como reconhecimento pelos seus méritos. Passa a usar o título de «vassalo de el-rei». 1451-52: A idade avançada obriga-o a afastar-se do seu trabalho na Torre do Tombo vindo em 1454 a ser substituído no cargo de «guardador das escrituras do Tombo» por Gomes Eanes de Zurara. 1459: Fernão Lopes terá morrido pouco tempo depois, provavelmente em 1460.

Foto 06112007

Sem comentários: