segunda-feira, maio 28, 2007

Estado português pessoa de bem? (1)

Permito-me transcrever, com a devida vénia, de Pedro Vassalo:
"São retratos pessoais, experiências que acontecem a todos, e todos os dias. De uma vez é a espera, do tamanho de uma manhã, na segurança social por um erro que a própria administração causou. Pedem-se desculpas, explica-se que dos sete funcionários três não estão, vá-se lá saber porquê, que a hora do almoço já nunca acontece, que o computador não funciona, que o sistema vai abaixo, que a colega do serviço A é que sabe do assunto, mas que hoje, foi só hoje, não pode atender. No guichet, à porta do serviço, sucedem-se as reclamações, porque se cobrou indevidamente, porque as guias estão trocadas, porque ficaram de mandar uma carta que nunca chegou, porque a conta foi penhorada mas tudo está pago, porque isto e aquilo."

Num condomínio da Urbanização da Portela, que conheço bem, foi recebida da Segurança Social uma conta de (pretensas) dívidas do prédio dos últimos 15 anos, num total de cerca de 10000 €, contendo ameaças de penhora , etc... Reunidas de emergência todas as administrações do prédio daqueles períodos, foi possível recuperar todos os recibos de pagamento, comprovando-se que tudo tinha sido pago, não havendo portanto a registar qualquer dívida. Neste caso, como doutros que são do nosso conhecimento, nem um pedido de desculpas nem o assumir de que a pretensa dívida não existia ou estava afinal saldada, tendo a administração pública ficado por esta indevida forma com as contas em dia e sem qualquer esforço dos respectivos funcionários, compensados assim da inoperância, desses ou doutros, nos anos anteriores.

Será este um processo de criar a confiança dos cidadãos no Estado?

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