Vale a pena ler, para reflectir, este extrato do discurso do Deputado Paulo Rangel (PSD), em 10 de Julho de 2008 na Assembleia da República, no debate(?) sobre o estado da Nação, com sublinhados nossos:
É que, ao contrário do que muitos julgam, sob a bandeira apócrifa e o jargão da escola inclusiva, a falta de exigência, a falta de rigor no ensino é o passo mais curto para a exclusão social e profissional das classes com menos recursos económicos e culturais. Os alunos provenientes das franjas mais favorecidas, com ou sem exigência na escola, aprenderão nos seus meios familiar e social; poderão porventura frequentar outras escolas ou dispor de ajudas externas. Os alunos advindos dos níveis mais frágeis da sociedade, só têm uma oportunidade para a igualdade de oportunidades: e essa é a escola exigente, a escola de rigor, que os apetrecha com os recursos de conhecimento e de cultura que podem ser patamares de elevação social. Ao contrário do que se pensa – e do que vai junto nesta onda inaceitável de promoção do facilitismo –, só uma escola exigente pode ser inclusiva. Ao que acresce, para lá de todo e qualquer considerando sociológico, social ou de igualdade, que só uma escola exigente pode preparar Portugal para a competitividade externa a que está submetido.