Um dos graves defeitos de muita população portuguesa é a falta de pontualidade. Defeito que nos prejudica gravemente e é também denunciador da generalizada falta de planeamento e programação, que, no seu conjunto nos fazem distanciar ainda mais dos países da Europa mais rica. Defeito de que os não-pontuais não têm bem a noção e de que, além do mais, penalizam os outros:
os que por serem pontuais e organizados, com esforço se organizaram para estar a horas, inutilizando assim esse tempo;
os que são incomodados quer pelas esperas, quer pela perturbação que causa aos pontuais a chegada dos atrasados;
os que organizam o seu tempo e ficam eles próprios em risco de incumprimento de outros compromissos no tempo seguinte.
Esta questão da (falta de) educação para a pontualidade, merecedora de tanta importância quase apenas na vida militar, recorda-nos, em três apontamentos, a vivência de situações para muitos inacreditáveis:
O governante que se questionava se devia ou não introduzir algum atraso nas suas chegadas aos compromissos porque se lhe colocava a questão de dar esse cunho de pessoa ocupada e importante; o Ministro dum anterior Governo que era enganado nas horas pelo pessoal do seu gabinete (forneciam-lhas adiantadas) na esperança de que assim conseguisse ser pontual. Em contrapartida, o pasmo de um ouvinte, perfeitamente incrédulo, quando lhe relatávamos ser frequente em consultórios médicos no Benelux, o médico vir à sala de espera e pedir desculpa aos pacientes por um pequeno atraso, da ordem de poucos minutos.
Até que um estrangeiro, um actor brasileiro de seu nome António Fagundes, vem a Portugal representar e decide que quem não é pontual não assiste ao seu espectáculo; ninguém entrava no teatro depois da hora do seu início independentemente das razões que motivaram o atraso, por mais legítimas que fossem. E como a peça não tem intervalo só lhes restava, aos atrasados, comprar bilhetes (outros) para outro dia.
Fagundes a Ministro, mesmo sem pasta! Voltemos a chamar uns Condes de Lippe e uns Wellington para reorganizar esta choldra!
os que por serem pontuais e organizados, com esforço se organizaram para estar a horas, inutilizando assim esse tempo;
os que são incomodados quer pelas esperas, quer pela perturbação que causa aos pontuais a chegada dos atrasados;
os que organizam o seu tempo e ficam eles próprios em risco de incumprimento de outros compromissos no tempo seguinte.
Esta questão da (falta de) educação para a pontualidade, merecedora de tanta importância quase apenas na vida militar, recorda-nos, em três apontamentos, a vivência de situações para muitos inacreditáveis:
O governante que se questionava se devia ou não introduzir algum atraso nas suas chegadas aos compromissos porque se lhe colocava a questão de dar esse cunho de pessoa ocupada e importante; o Ministro dum anterior Governo que era enganado nas horas pelo pessoal do seu gabinete (forneciam-lhas adiantadas) na esperança de que assim conseguisse ser pontual. Em contrapartida, o pasmo de um ouvinte, perfeitamente incrédulo, quando lhe relatávamos ser frequente em consultórios médicos no Benelux, o médico vir à sala de espera e pedir desculpa aos pacientes por um pequeno atraso, da ordem de poucos minutos.
Até que um estrangeiro, um actor brasileiro de seu nome António Fagundes, vem a Portugal representar e decide que quem não é pontual não assiste ao seu espectáculo; ninguém entrava no teatro depois da hora do seu início independentemente das razões que motivaram o atraso, por mais legítimas que fossem. E como a peça não tem intervalo só lhes restava, aos atrasados, comprar bilhetes (outros) para outro dia.
Fagundes a Ministro, mesmo sem pasta! Voltemos a chamar uns Condes de Lippe e uns Wellington para reorganizar esta choldra!