A vigilância dos banhistas na época balnear nas praias vigiadas está sob a responsabilidade de nadadores-salvadores.
E exige-se destes competência profissional e sentido da responsabilidade, tal como também dos utentes da praia se espera acatamento das instruções por aqueles dimanadas.
Embora as condições de mar na Costa Sul no Algarve não sejam comparáveis às da Costa Oeste do Continente de Portugal, aquelas muito mais suaves, o nível de exigência e de cumprimento da legislação por aqueles profissionais não deve sofrer atenuação.
Embora as condições de mar na Costa Sul no Algarve não sejam comparáveis às da Costa Oeste do Continente de Portugal, aquelas muito mais suaves, o nível de exigência e de cumprimento da legislação por aqueles profissionais não deve sofrer atenuação.
Mas não foi isso que constatámos na Praia da Rocha, na tarde de 21 de Agosto passado, numa das áreas concessionadas.
Cenário: Bandeira amarela como em todas as outras concessões da praia, maré na vazante.
1. Cerca das 16 horas. Passam na zona duas praças da Armada, de reforço ao serviço de fiscalização das praias, que chamam e admoestam o nadador-salvador por não se encontrar mais perto da água uma vez que está içada a bandeira amarela. Os dois elementos da Marinha prosseguem o seu caminho e o nadador-salvador volta ao local onde antes se encontrava, com reduzida visibilidade sobre os banhistas e deficientemente assinalado, como se pode constatar pelas fotografias.
2. Cerca das 17.30 horas. A maré praticamente vazia e parece já não se justificar a bandeira amarela. No entanto ao longo de toda a praia só há bandeiras amarelas. Perguntado ao nadador-salvador se existe alguma entidade responsável pela coordenação das bandeiras na praia, confirma que o nadador-salvador de cada praia é soberano para colocar a que entende conveniente no seu espaço de responsabilidade; e que efectivamente já não se justifica a bandeira amarela mas sim a verde, mas que não vale a pena mudar. Se alguém nadar não o proíbe.
Assim vai o sentido da responsabilidade e a consciência cívica deste nadador-salvador português, em Portugal. Haja quem instrua e fiscalize convenientemente este senhor, a quem lhe foi atribuída responsabilidade sobre vidas humanas.