quinta-feira, novembro 30, 2006

Cidadania: Pontualidade

Um dos graves defeitos de muita população portuguesa é a falta de pontualidade. Defeito que nos prejudica gravemente e é também denunciador da generalizada falta de planeamento e programação, que, no seu conjunto nos fazem distanciar ainda mais dos países da Europa mais rica. Defeito de que os não-pontuais não têm bem a noção e de que, além do mais, penalizam os outros:
os que por serem pontuais e organizados, com esforço se organizaram para estar a horas, inutilizando assim esse tempo;
os que são incomodados quer pelas esperas, quer pela perturbação que causa aos pontuais a chegada dos atrasados;
os que organizam o seu tempo e ficam eles próprios em risco de incumprimento de outros compromissos no tempo seguinte.


Esta questão da (falta de) educação para a pontualidade, merecedora de tanta importância quase apenas na vida militar, recorda-nos, em três apontamentos, a vivência de situações para muitos inacreditáveis:
O governante que se questionava se devia ou não introduzir algum atraso nas suas chegadas aos compromissos porque se lhe colocava a questão de dar esse cunho de pessoa ocupada e importante; o Ministro dum anterior Governo que era enganado nas horas pelo pessoal do seu gabinete (forneciam-lhas adiantadas) na esperança de que assim conseguisse ser pontual. Em contrapartida, o pasmo de um ouvinte, perfeitamente incrédulo, quando lhe relatávamos ser frequente em consultórios médicos no Benelux, o médico vir à sala de espera e pedir desculpa aos pacientes por um pequeno atraso, da ordem de poucos minutos.

Até que um estrangeiro, um actor brasileiro de seu nome António Fagundes, vem a Portugal representar e decide que quem não é pontual não assiste ao seu espectáculo; ninguém entrava no teatro depois da hora do seu início independentemente das razões que motivaram o atraso, por mais legítimas que fossem. E como a peça não tem intervalo só lhes restava, aos atrasados, comprar bilhetes (outros) para outro dia.

Fagundes a Ministro, mesmo sem pasta! Voltemos a chamar uns Condes de Lippe e uns Wellington para reorganizar esta choldra!

segunda-feira, novembro 27, 2006

Violência contra crianças

Será que este anúncio do "Institute for support of abused children" ( Instituto para apoio de crianças abusadas), audível em português, teve divulgação em Portugal e passou nas nossas televisões?

http://www.ad-awards.com/commercials/selection/institute_for_support_of_abused_children/commercials-218.html



A violência contra crianças nunca mais por estas é esquecida.
Mesmo na idade adulta com a doença de Alzheimer?

sexta-feira, novembro 24, 2006

Avisos viciados (1)


Por essa Europa mais para o Norte, os trabalhos a realizar são normalmente anunciados com antecedência, prevenindo-se assim o consumidor dos prejuízos a que eventualmente vai ficar sujeito. E indicam-se, claro está, as datas de início e fim previsto para as reparações ou obras.
Por aqui temos visto de tudo, mas na generalidade das situações uma grande aversão a indicar a data da conclusão dos trabalhos e dos transtornos a que o público ficará sujeito. Parece que ninguém quer assumir essa responsabilidade, a que deveriam ser obrigados.
E assim vamos vendo painéis informativos com estimativas da duração em meses, mas que estão a contar desde o dia em que as lemos porque não têm qualquer data de referência: Nem de início, nem de fim.

A confirmar este nosso reparo, veja-se a fotografia tirada em 22 de Novembro de 2006 nos painéis do Elevador da Glória junto à Praça dos Restauradores em Lisboa.
Cerca de 6 meses a começar ou a acabar quando?

quinta-feira, novembro 23, 2006

Letreiros (1)

Não se trata de nenhum jogo da televisão para encontrar as letras que permitam o completamento de palavras.

O OE não dá para corrigir esta situação insólita ? Haverá alguém responsável pela manutenção em condições deste letreiro?

Usando o mesmo sistema informativo, mais fácil porque dizemos onde faltam as letras, isto passa-se em _AR _E _OS.

terça-feira, novembro 21, 2006

Choque tecnológico (I)

Numa altura em que o Governo tanto insiste na utilização da Internet, mesmo para aqueles que nunca viram um computador ou são completamente analfabetos, distribuindo e-mails pela população e insistindo no diálogo com a administração pela via informática, alguém se esqueceu de que a casa não se começa logo pelo telhado. Há que construir e consolidar os alicerces para essa co-habitação com a Internet, o que, em especial na Administração Pública, não tem acontecido.

Há que usar e saber/querer usar o correio electrónico e os e-mails dos serviços para o trabalho (e não apenas para assuntos pessoais e de divertimento) seguindo pelo menos as seguintes regras básicas:
- acusando a recepção do e-mail se a resposta não for possível de imediato (mesmo que o originador disponha de forma de obter registo automático de recepção no destino);
- dando resposta, como a outro tipo de correspondência, às solicitações e pedidos de informação que surjam,
ou
- reencaminhando-as para as entidades convenientes quando não sejam da respectiva atribuição ou competência, com conhecimento ao interessado.

Infelizmente não é isto que vem acontecendo e os exemplos, de que o uso formal da Internet ainda não pegou na Administração Pública, são imensos. Deles iremos dando conta.

Para começar:
1. Contactada por telefone uma repartição pública (Finanças) com quem se tinha mantido um contacto amabilíssimo e eficiente, quando foi pedido o e-mail respectivo para envio de uns elementos ou para um eventual pedido de esclarecimentos, responderam-nos que não valia a pena porque raramente lá vão, já que não têm tempo.
2. Enviadas comunicações para os e-mails constantes nos Sítios de alguns organismos do Estado, num caso obter uma informação específica e noutro para indicar uma sinalização deficiente e errónea numa auto-estrada no norte e passadas semanas, apesar da insistência, nada se recebeu em resposta, nem sequer a acusação da recepção.

http://www.estradasdeportugal.pt/site e-mail ep@estradasdeportugal.pt

segunda-feira, novembro 20, 2006

Denúncia (II)

Quase que se adivinhava que, infelizmente, a via da denúncia iria ser mais explorada!
Mas é este o caminho?

Veja-se este caso real em http://www.denuncia.com.pt/



> FAÇA AQUI A SUA DENÚNCIA CONFIDENCIAL

A ASSOFT (Associação Portuguesa de Software) alerta quea ASAE (Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica)vai iniciar uma operação de fiscalizaçãoda utilização de software ilegal nas empresas.

O processo de fiscalização vai ser conduzido de forma rápida e metódica,dando prioridade às
denúncias recebidas pela ASSOFT.Todas as entidades denunciadas serão imediatamente inspeccionadas.Todo o material informático que contenha software ilegal será imediatamente selado,não podendo ser utilizado até à conclusão do processo.Os representantes legais das empresas nas quais se verificarem situações irregulares serãoalvo de uma acção judicial e poderão incorrer numa pena de prisão de até 3 anos.A ASSOFT apela: caso conheça alguma situação de utilização de software ilegaldeverá denunciá-la o mais rápido possível,pela protecção da propriedade intelectual e dos direitos de autor.

800 200 520
assoft@mail.telepac.pt
FAX 21 3643316

quarta-feira, novembro 08, 2006

Anúncios ao desbarato (4)

Ainda em Barcelos, no denominado centro histórico.
Referimos em "post" (2) anterior que em boa hora a Camara Municipal proibiu a colocação de anúncios de necrologia em diversos espaços públicos, portas e montras, caixas de electricidade da EDP.

Mas o que veio ocupar aqueles espaços?
Será que agora ficaram limpos ou foram ocupados com outro tipo de anúncios?

Veja-se a resposta nas fotos juntas perante a impassividade da autarquia!

E até os escoteiros que deviam pugnar por uma cidadania consciente ali colocam a sua publicidade!

domingo, novembro 05, 2006

Anúncios ao desbarato (3)


A publicidade, mesmo de intervenção política, deve ter espaços próprios para afixação. E se acontece serem utilizados pelos partidos políticos locais desadequados para esse efeito – o que constitui indicador de baixo grau de civismo - , os mesmos partidos, ao fim de tempo razoável ou de decorrida a decisão eleitoral, deveriam providenciar a retirada desses cartazes.

Só lhes ficaria bem e davam um bom exemplo!

Foto obtida na Urbanização da Portela - Loures, junto à porta principal da Igreja de Cristo-Rei da Portela.